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Um tipo de câncer que evolui lentamente e que demora a mostrar sintomas, a leucemia mieloide crônica atinge as células do sangue, inicialmente, na medula óssea.
O processo de produção desordenada de células envolve o excesso de fabricação de glóbulos brancos imaturos e, consequentemente, prejudica as células sanguíneas normais no desempenho das funções no organismo.
Segundo levantamento do Instituto Nacional do Câncer – INCA, o Brasil, entre 2020 e 2022, teve o registro de quase 11 mil novos casos de leucemia e, desse total, cerca de 1,6 mil casos estão associados à leucemia mieloide crônica.
O perfil prevalente desses pacientes é de homens e pessoas acima de 60 anos de idade e, apesar de não se conhecer as causas dessa doença, sabe-se que não é hereditária.
Outro dado importante dos pesquisadores sobre a leucemia mieloide crônica é que a doença é uma mutação cromossômica que acontece de maneira espontânea, sem ter nenhuma causa aparente e pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em pessoas com mais idade.
Sintomas da Leucemia Mieloide Crônica
Uma característica agravante da leucemia mieloide crônica é que se desenvolve lentamente, por meses e anos, sem apresentar sintomas.
Por isso, o diagnóstico geralmente ocorre durante exames de rotina ou em análises realizadas por suspeitas de outras doenças, embora seja uma condição grave se não for tratada adequadamente.
No entanto, os sintomas se manifestam com sangramentos fáceis, hematomas, sensação de fraqueza e cansaço, suor noturno, perda de peso e palidez.
Em alguns casos, os sinais também refletem aumento do baço, do fígado e de outros órgãos, além de causar infecções e anemias.
Um sintoma do aumento do baço, do fígado e de outros órgãos é de desconforto abaixo das costelas do lado esquerdo e, além disso, também infecções, anemias e hemorragias, entre outros problemas.
Diagnóstico e tratamento
Entre os exames necessários para diagnosticar a leucemia mieloide crônica estão os laboratoriais como hemograma completo, mielograma, biópsia da medula óssea, análise citogenética e teste de Reação em Cadeia de Polimerase – PCR.
O tratamento de controle dessa doença deve ser continuo e dura durante toda a vida, a partir do diagnóstico. Pacientes em tratamento enfrentam uma rotina de exames periódicos e acompanhamento médico.
Por ser uma doença crônica, o tratamento eficaz tem chances de redução desse tipo de câncer a níveis baixos, a ponto de não ser mais detectada.
Para tanto, os tratamentos recorrem a utilização de medicamentos específicos, transplante de células-tronco, quimioterapia e terapia biológica.
Vale ressaltar que, devido a resultados positivos conquistados com o uso de medicação oral diária, a quimioterapia, em alguns pacientes com leucemia mieloide crônica, tem sido descartada.
A escolha pelo tratamento vai variar de acordo com a idade do paciente, do estado de saúde geral dele e da fase em que está o desenvolvimento desse tipo de câncer.
A depender do paciente e do estágio da doença, os médicos podem obter pela cirurgia de retirada do baço, quando o crescimento deste órgão é tanto que acaba por pressionar outros que ficam mais próximo.
Atualmente, mais de 70% dos pacientes com leucemia mieloide crônica obtém remissão completa da doença, a partir da adoção do tratamento adequado.
Funcionamento das células
A medula óssea é onde as células sanguíneas nascem e crescem. Normalmente esse processo ocorre nas regiões da bacia e do esterno e, quando estão amadurecidas são lançadas na corrente sanguínea.
Nos casos de pessoas com leucemia mieloide crônica, as células chamadas de linfócitos, ou seja, os glóbulos brancos do sangue passam a se desenvolver de maneira descontrolada.
Ao serem lançadas no sangue sem estarem prontas, não desempenham as funções como as células maduras normais e acabam por deixar a proteção do organismo vulnerável à ação de bactérias e vírus, entre outros problemas.
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