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A infância é a fase da vida em que as experiências vividas podem afetar o pleno desenvolvimento físico, mental, social e emocional das crianças no presente e no futuro. Portanto, ao receber o diagnóstico de leucemia, o pequeno terá que contar, ainda mais, com a participação dos pais e responsáveis para o enfrentamento do problema de saúde juntamente com as limitações que o tratamento irá prescrever.
Uma das principais atitudes dos pais ou responsáveis após a criança receber o diagnóstico de leucemia é explicar o que é a doença e quanto a participação efetiva dela junto com a família no tratamento é importante.
A leucemia tem origem na medula óssea, onde são produzidas as células do sangue. Com a circulação do sangue, as células leucêmicas vão da medula até os gânglios linfáticos, baço, fígado, sistema nervoso central, testículos e demais órgãos.
Em crianças, a medula produzida é encontrada em praticamente todos os ossos. Já em adolescentes essas células estão em ossos planos ou chatos como crânio, costelas, esterno e pelve.
A leucemia em crianças ocorre quando a produção dessas células medulares se torna anormal e, assim deixam de realizar as funções, passam a se reproduzirem rapidamente e ocupam lugares das células saudáveis tanto na medula quanto no sangue.
Sintomas
Com a produção de células leucêmicas na medula ocorre a diminuição das plaquetas no sangue. Esse fato pode provocar sintomas como hematomas, hemorragias e sangramento nas gengivas. Outros sintomas como dor nos ossos e nas articulações podem ser sentidos pelo acumulo dessas células nessas partes do corpo.
Para identificar a queda de plaquetas assim como glóbulos vermelhos e brancos é preciso realizar exames de sangue. Dessa forma, ao primeiro sinal diferente é necessário procurar um médico.
A redução de glóbulos vermelhos pode deixar a criança com fadiga, fraqueza, sensação de frio, tontura, dores de cabeça, falta de ar e palidez. Já a queda de glóbulos brancos pode ocasionar infecções e febre.
Há casos em que ocorre o inchaço do abdômen por conta das células leucêmicas se acumularem no fígado e baço assim como as perdas de apetite e de peso devido ao aumento de tamanho desses órgãos, que acabam por pressionar o estômago e causam a diminuição da capacidade de ingestão de alimentos.
Outro sintoma está associado aos linfonodos ou filtros de substâncias nocivas do organismo, que aumentam de tamanho na tentativa de combater as infecções geradas pelas células leucêmicas. Essa reação orgânica ocorre especialmente em lactentes e crianças.
Tipos de leucemia
Entre os tipos de leucemia que merecem destaque quando se trata de diagnósticos em crianças estão: a Leucemia Linfoide Aguda (LLA) e a Leucemia Mieloide Aguda (LMA). A LLA é o câncer mais comum na infância. Segundo pesquisas, cerca de 85% dos casos de leucemia em crianças é a Linfoide Aguda e os outros 15% são de LMA.
O crescimento anormal de células leucêmicas em crianças ocorre em um período muito curto de latência e, portanto, alguns sintomas aparecem em poucas semanas. Crianças com LLA, por exemplo. podem ter tosse e dificuldade respiratória porque as células leucêmicas provocam o aumento do timo, ou seja, dos linfonodos do tórax, que acabam por pressionar a traqueia.
Já pacientes infantis com LMA podem sofrer consequências raras como cansaço, fraqueza e problemas na fala, provocado pelo número excessivo de células leucêmicas no corpo o que torna o sangue espesso, pois diminui a circulação, sobretudo por entre os vasos sanguíneos finos do cérebro.
Tratamentos da leucemia
No Dia Internacional de Câncer na Infância, um dos cânceres mais comum entre crianças é a leucemia. Portanto, é importante alertar os pais e responsáveis para realizarem consultas periódicas dos pequenos com um médico especialistas, porque o diagnóstico precoce é vital para resultados bem-sucedidos dos tratamentos.
A escolha do tratamento vai depender do tipo de leucemia diagnosticada, mas o principal deles é a quimioterapia. Há casos em que são prescritos também terapia alvo, cirurgia e radioterapia.
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