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Há um tipo de deficiência que diz respeito à estatura das pessoas. O nome desse transtorno é nanismo. Mas, existem muitas coisas que devem ser esclarecidas sobre esse diagnóstico. Uma delas é que o nanismo não altera a capacidade intelectual das pessoas, com raríssimas exceções.
Isso significa que, a pessoa com nanismo está apta a realizar toda e qualquer atividade pessoal e profissional desde que tenha aptidão e condições estruturais para desempenhar as funções.
As condições estruturais se referem às adaptações ambientais que promovam a pessoa com nanismo, acessibilidade à produtos e serviços. Ônibus com elevadores em perfeito funcionamento; bancos, buffets, balcões e mesas com escadas adaptadas para o uso e a visibilidade das pessoas com nanismo são algumas das medidas inclusivas que merecem ser atendidas na rotina diária das cidades.
Isso porque, o nanismo é descrito como pessoas com baixa estatura decorrente de distúrbios de crescimento em que, mesmo a pessoa na fase adulta, tem uma altura menor do que a definida como a média da população.
Existe uma pequena diferença na estatura média de homens e mulheres com nanismo. No sexo masculino, a altura média dos pacientes é de 1,45 m de altura. Já as pessoas do sexo feminino chegam a ter, em média, 1,40 m de altura.
Causas
Segundo especialistas, existem dois tipos de nanismo: o proporcional ou pituitário ou o acondroplasia. A definição dos diagnósticos tem a ver com as causas.
Nesse sentido, o nanismo proporcional ou pituitário tem por causa uma alteração no funcionamento da glândula pituitária, localizada próxima ao cérebro, que produz hormônios responsáveis também pelo crescimento.
Por alguma razão, no nanismo pituitário, o paciente não produz hormônios do crescimento suficiente e, dessa forma o desenvolvimento do corpo passa a não correr da maneira costumeira. Assim, membros como braços e pernas são proporcionais a todo o resto.
Nos casos em que a causa do nanismo é acondroplasia, a doença genética é recorrente em membros da mesma família. O paciente com acondroplasia é caracterizado por membros mais curtos quando comparados ao resto do corpo, além da cabeça ser maior, com testa proeminente e ponta nasal volumosa. Por ter essas características, esse tipo de nanismo também é chamado de desproporcional.
Nanismo X Preconceito
Desde 2004, o Brasil reconhece o nanismo como uma deficiência física. Isso significa, portanto, que as pessoas com nanismo possuem direitos estabelecidos. Porém, como todas as leis referentes à direitos humanos, no papel elas possuem mais impacto do que na prática das pessoas, já que esses direitos não são devidamente reconhecidos pela sociedade.
Primeiro porque existe muito preconceito entorno das pessoas com nanismo. Entre as demonstrações desse preconceito está o fato comum de chamar as pessoas com nanismo de anãs e anões.
O termo anão está associado a uma conotação pejorativa, com forte carga de diminuição da condição da pessoa com nanismo. Dessa forma, assim como outros entes sociais, as pessoas com nanismo existem e devem ser tratadas com respeito, dignidade e inclusão.
O silêncio, os olhares preconceituosos e o apontamento de pessoas com nanismos nas ruas e, também em ambientes como reuniões, festas e tantos outros locais, colocam em evidência que a sociedade desconhece a deficiência física nanismo e lida com essa desinformação com atitudes preconceituosas e estigmatizadas.
Tratamento de pessoas com nanismo
Por conta do nanismo estar vinculado a alterações na morfologia corporal, o tratamento pode incluir cirurgias corretivas para o reposicionamento de alguns ossos bem como o aumento do tamanho de membros afetados.
Os pacientes com nanismo proporcional podem se submeter ainda a tratamentos com terapia hormonal, segundo recomendações médicas.
Aliás, as pessoas com nanismo devem ter acompanhamento médico do pediatra e do ortopedista desde o nascimento, para evitar complicações bem como corrigir deformidades durante o processo de desenvolvimento da criança.
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