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No mês em que as autoridades de saúde reservam uma data internacional para a conscientização sobre o linfoma, é preciso atentar para um dado revelado pela Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) que mostra que 70% da população mundial desconhece quais são os sintomas e tipos de linfomas.
Nesse sentido é preciso esclarecer essas questões para que o diagnóstico seja precoce e o tratamento adequado. Antes, porém é preciso entender o que é linfoma.
Linfoma é o nome técnico dado ao câncer do sistema linfático, constituído por uma rede de vasos linfáticos, semelhantes às veias do sistema circulatório, que recolhe, filtra e distribui, por todo o corpo, líquidos acumulados nos tecidos.
O sistema linfático faz parte da defesa do organismo e é composto por várias estruturas, tais como órgãos linfoides, linfonodos, ductos, tecidos, vasos e capilares linfáticos.
Essa estrutura é por onde circula grande quantidade de glóbulos brancos, principalmente os linfócitos dos três tipos: linfócitos B, linfócitos T e as células natural killer.
Tipos de linfoma
Os linfomas podem afetar diferentes estruturas e células do sistema linfático, principalmente as que compõem a defesa do organismo como os linfócitos B e T.
Existem dois tipos de linfomas. O linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin e o diagnóstico sobre qual dos linfomas o paciente tem necessita de biopsia.
Porém, sabe-se que no linfoma de Hodgkin, as células afetadas são os linfócitos do tipo B, que são componentes do sistema de defesa do organismo.
Normalmente, pacientes com linfoma de Hodgkin são mais idosos e o diagnóstico é raro. Já o linfoma não Hodgkin afeta os linfócitos T e B, são mais comuns e, em geral, os pacientes têm entre 15 e 30 anos ou mais de 60 anos de idade.
Vale lembrar que há pesquisas que fazem uma correlação entre linfoma e o histórico do paciente com infecções virais e bacterianas como HIV, HTLV, tipos de hepatite e o Helicobacter pylori, que é a bactéria que pode causar inflamação no estômago.
Doenças autoimunes como lúpus também podem aumentar as chances de desenvolvimento de linfoma assim como o contato com produtos químicos de alta periculosidade em atividades laborais industriais.
Sintomas e tratamento
O surgimento de caroços e ínguas em locais do corpo como virilha, pescoço e axilas são os principais sintomas de linfoma, mas também são considerados sinais febres durante a noite, perda súbita de peso e anemia.
Há casos em que o paciente apresenta ainda cansaço excessivo, mal-estar, coceira no corpo, falta de ar e tosse.
Para o diagnóstico são necessários exames variados. De exame de sangue como hemograma completo até exames de imagem, somados a biopsias de medula óssea.
Se for comprovado o diagnóstico, os tratamentos indicados são quimioterapia e radioterapia. Normalmente, não são realizados procedimentos cirúrgicos para remoção de partes afetadas.
Linfoma e Leucemia
Apesar de algumas características serem semelhantes, o linfoma não é leucemia e vice-versa.
A leucemia é um câncer que afeta as células sanguíneas com origem na medula óssea e o linfoma pode aparecer em diferentes pontos do sistema linfático com o surgimento de linfonodos ou ínguas e caroços em qualquer parte do corpo.
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