Albinismo é falta de melanina provocada por mutação genética

A melanina é uma proteína responsável por dar cor e proteção para a pele, os olhos, pelos, ou seja, para todo o corpo.  No entanto, quando a produção dessa proteína é alterada por uma desordem genética, parcial ou completa, gera o albinismo.

Além da ausência de pigmentação em graus diferentes que causa alterações na cor e na proteção, o albinismo pode também desencadear problemas visuais por conta de modificações da estrutura e do funcionamento ocular.

Entre os problemas de visão que o albinismo causa estão o astigmatismo, nistagmo ou fotofobia, distúrbios em que a pessoa cria aversão e sensibilidade a luz exatamente porque não existe melanina para filtrar e proteger da luminosidade.

Sintomas do albinismo

O diagnóstico de albinismo é determinado pelo tipo de mutação apresentada pelo paciente. Isso porque, a mutação genética gera impacto na quantidade de melanina produzida e, a partir disso, os efeitos causados pela ausência parcial ou completa da proteína no organismo.

Dito isso, é possível ter pessoas albinas com tonalidade de pele que podem variar do branco a tons mais amarronzados. Há também alterações nos cabelos que podem ser totalmente brancos, amarelados, avermelhados ou acastanhados. Já os olhos podem ser avermelhados de tal maneira que a ausência completa de pigmento torna visível os vasos de retina, além das possibilidades de variarem de azuis a acastanhados.

Um dos principais sintomas do albinismo, além das tonalidades diferentes da pele, cabelos e olhos são os problemas visuais por conta do comprometimento do desenvolvimento dos olhos e da anatomia dos nervos óticos, responsáveis por levar a imagem a ser decodificada pelo cérebro.

Dessa forma, as pessoas albinas são altamente suscetíveis aos danos causados pelos raios solares e o resultado dessa deficiência é, no geral, o envelhecimento precoce e o desenvolvimento ainda jovens do câncer de pele. Segundo pesquisas é bastante comum pessoas com albinismo entre 20 e 30 anos terem câncer de pele avançado, sobretudo aqueles que moram em regiões quentes com exposição prolongada e intensa à radiação solar.

Prevalência e tratamento

Apesar de muitas pessoas pensarem que o albinismo afeta somente as pessoas negras, fato é que tem apenas a prevalência entre a população negra. Tanto é que no continente africano as estimativas são de uma pessoa com albinismo a cada 2 mil. No Brasil, as projeções são bem menores. Há informações que haja 10 a 12 mil albinos diagnosticados no país.

Para os casos de albinismo não há tratamento específico porque é resultado de uma mutação genética determinada. No entanto, as pessoas albinas devem ter acompanhamento de profissionais de saúde contínuo após o diagnóstico.

Um dos pontos cruciais do tratamento é a terapia visual que irá prevenir problemas nos olhos e na visão, de forma a possibilitar a realização de atividades escolares, de trabalho e de lazer.

Aliás, a prevenção é a melhor conduta a ser adotada pelas pessoas albinas, principalmente para evitar o desenvolvimento de câncer de pele e a cegueira.

Para tanto, é necessário usar óculos escuros com proteção para raios solares, além de acessórios como chapéus com abas, sombrinhas e roupas de tecidos com tramas mais fechadas. É importante também evitar a exposição solar direta ou indireta sempre com uso de protetor solar, no mínimo, com o fator 30 para raios UVA e UVB com aplicação de 30 minutos antes de sair de casa e reaplicar a cada 2 horas.

É importante ressaltar no Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo que essa mutação genética não é contagiosa tampouco compromete o desenvolvimento físico, mental e a inteligência da pessoa albina.

Vale reiterar também que é necessário combater muitos mitos e preconceitos que acabam por abalar a autoestima e a sociabilidade dos portadores desse distúrbio, através do conhecimento das causas, dos cuidados e das limitações que estão realmente ligadas ao albinismo.

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