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Uma glândula localizada na parte frontal do pescoço chamada tireoide pode ser motivo de grandes alterações no funcionamento do organismo. Perda de peso, queda de cabelo, unhas quebradiças, cansaço, irritabilidade e pele seca podem ser sinais de alerta que algo não está bem com a tireoide.
Na semana em que o dia internacional da tireoide chama a atenção para as funções que essa glândula exerce no organismo e os problemas de saúde que pode causar caso o funcionamento deixe de ser normal, é preciso participar da campanha de forma a informar sobre os riscos causados por distúrbios nessa glândula.
Como a função primordial da tireoide é preservar o equilíbrio do organismo a partir da produção e eliminação dos hormônios T3 (Triiodotironina) e T4 (Tiroxina) que são responsáveis pela regulação das funções de órgãos vitais como o coração, o cérebro, o fígado e os rins, qualquer alteração pode acarretar prejuízos ao funcionamento do corpo.
A tireoide atua diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças e jovens, na regulação dos ciclos menstruais e na fertilidade, na velocidade do metabolismo e na manutenção do peso adequado, além de agir na memória, concentração, humor e até mesmo no controle emocional.
Distúrbios da tireoide
Uma glândula com formato que se assemelha a uma borboleta com dois lobos, a tireoide quando passa a não funcionar adequadamente pode liberar quantidades insuficientes ou excessivas de hormônios e, isso pode acarretar distúrbios tireoidianos, cujos principais são hipotireoidismo e hipertireoidismo.
Ambos interferem no metabolismo. No caso do hipotireoidismo, a glândula libera baixa ou nenhuma quantidade de hormônios. No hipertireoidismo, há produção hormonal excessiva. Em ambos os distúrbios tem prevalência de casos em mulheres.
Geralmente, nos casos de hipotireoidismo os sintomas comuns são cansaço, depressão, prisão de ventre, pele seca e fria, sonolência e lentidão nos reflexos.
Já o hipertireoidismo, os principais sintomas são nervosismo, irritação, aumento de frequência cardíaca, insônia e tremores.
Vale salientar que o hipotireoidismo pode estar ligado a falta ou excesso de iodo na dieta alimentar, substância presente no sal de cozinha, ou ainda, a doença autoimune chamada de Tireoidite de Hashimoto.
No hipertireoidismo pode haver associação com a Doença de Graves, que produz um anticorpo no sangue que estimula a produção excessiva dos hormônios tireoidianos, ou a formação de bócios, uma espécie de nódulo ou caroço na região do pescoço.
Tireoide na gravidez
Como é de conhecimento comum, a gravidez é um período em que os hormônios tireoidianos tem grande contribuição por conta do desenvolvimento fetal e, dessa forma, durante a gestação, há uma série de mudanças no funcionamento da tireoide.
Uma dessas alterações pode levar ao aumento da glândula a ponto de formar pequenos nódulos na tireoide. Geralmente, esses caroços são imperceptíveis a olho nu e tampouco trazem riscos para a gestante e o bebê.
No entanto, alterações no funcionamento da tireoide podem resultar em problemas de saúde graves para mulher como risco de abortamento e de hipertensão e para o bebê de desenvolver problemas mentais entre outros distúrbios.
Tratamentos
Em relação a tratamentos, os problemas de tireoide, em sua maioria, têm cura. No hipotireoidismo, o tratamento envolve a reposição do T4 sintético. Quando a alteração é de hipertireoidismo, a recomendação é usar medicamentos que interrompam a produção excessiva de hormônios ou reduzam os efeitos no organismo. Também é possível optar pela remoção cirúrgica total ou parcial da glândula.
Em paralelo, é possível buscar alívio dos sintomas com mudanças nos hábitos de vida como adotar rotinas de atividades físicas, evitar o excesso de sal e alimentos com excesso de bociogênicos como repolho, couve, nabo e soja.
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