Síndrome sensorial mostra que reações excessivas são sinais de alerta

Os diagnósticos de doenças têm ficado cada vez mais detalhados exatamente por conta dos avanços científicos na área da saúde. Um dos exemplos disso são transtornos relacionados ao sistema nervoso central, como é o caso de pessoas com síndrome sensorial.

O transtorno recebeu destaque após a revelação do diagnóstico de Bless, filho do casal de famosos Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. Mas, é importante reforçar os sintomas para que mais pessoas tenham atenção a possíveis manifestações do transtorno.

Em primeiro lugar é preciso entender o que é a Síndrome Sensorial ou o chamado Transtorno do Processamento Sensorial – TPS. Segundo especialistas trata-se de uma condição no qual o sistema nervoso tem dificuldades em processar estímulos ambientais pelos cinco sentidos.

Síndrome Sensorial e Transtorno de Espectro Autista

Pessoas com síndrome sensorial podem ou não ter transtorno de espectro autista – TEA, porque não estão diretamente associados. Os casos de TEA, normalmente, tem manifestações caracterizadas pelo desenvolvimento atípico no comportamento com repetições, no déficit de comunicação e na interação social.

Já aqueles com diagnóstico de TPS são extremamente sensíveis a cheiros, sabores, sons e contatos. Isso significa que é um distúrbio diferente do transtorno de espectro autista.

A síndrome sensorial tem dois aspectos que devem ser levados em conta no diagnóstico que são a hipersensibilidade e a hipersensibilidade.

A hipersensibilidade é quando a pessoa sente os estímulos de maneira muito intensa. As reações extremas podem vir do cheiro de alimentos cozinhando, do contato com superfícies diferentes como terra e areia, dos sons de escapamentos abertos de motos e carros ou de fogos de artifício.

As manifestações de hiposensibilidade tem a ver com as atitudes da pessoa com TPS em contato com os estímulos do ambiente. Por exemplo, o corte pequeno no dedo de uma pessoa com síndrome sensorial pode ser sentido de forma muito maior ou menor do que para alguém que não tenha o distúrbio.

Diagnóstico da Síndrome Sensorial

A Síndrome Sensorial ou Transtorno de Processamento Sensorial – TPS tem classificações que definem as gradações que a pessoa afetada por ter pelo distúrbio.

O chamado transtorno de modulação sensorial é quando a pessoa em questão tem dificuldade de ter controle sobre o grau, intensidade e natureza das reações, a partir dos estímulos recebidos. Ou seja, a pessoa não tem condições de regular a maneira que reage às situações.

Quando a pessoa está classificada no transtorno de discriminação sensorial se concentra em identificar quais são as semelhanças ou diferenças que desenvolve para cada estímulo recebido.

Por fim, existe o tipo de transtorno motor com base sensorial que aparece nas reações do próprio corpo quando existem mudanças no ambiente.

Sintomas do TPS

O diagnóstico da síndrome sensorial pode vir, no caso de crianças, da atenção as reações exacerbadas em eventos considerados comuns para a grande maioria das pessoas.

Por isso, reações como incomodo frequente com sons comuns como escapamentos de motos; dificuldade de processar e definir as sensações de frio, calor, fome e cansaço;  cobrir olhos e ouvidos constantemente; ter alto grau de seletividade de alimentos na hora de comer; resistir a abraços ou toques carinhosos; e não sentir ou sentir dores excessivamente quando machucados, são elementos que requerem avaliações de um médico especialista.

Vale ressaltar que, no caso do Bless, os pais alertam que, apesar de no início a reação imediata as manifestações do filho ser a repreensão por acharem que  era um tipo de “frescura”, o importante é rever as atitudes por conta da recorrência das reações e procurar ajuda profissional.

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