Medicamentos que curam podem também causar alergia

As pessoas convivem com muitos tipos de alergia e, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia – Asbai, cerca de 12% da população do país sofre com reações alérgicas a algum medicamento.

Outro dado importante revelado pela Asbai é que 40% das pessoas que manifestam alergia a medicamentos são em decorrência do uso de analgésicos e anti-inflamatórios, principalmente depois da primeira utilização.

Portanto, especialistas alertam que é fundamental observar as reações e efeitos colaterais após usar um simples analgésico e, nos casos em que o paciente conhece ter alergia a algum medicamento é imprescindível que informe profissionais de saúde tanto em farmácias quanto em hospitais, clínicas e unidades de saúde sobre o fato.

Vale ressaltar que quando os medicamentos são injetáveis apresentam ação mais rápida e, por isso, maior dificuldade de reversão, caso o paciente seja alérgico a algum medicamento utilizado.

Causas da alergia a medicamentos

Normalmente, especialistas acreditam que a alergia a medicamentos ocorre por conta de uma atividade exagerada promovida pelo sistema imunológico contra determinado remédio, identificado pela defesa do organismo como um invasor.

Na primeira vez que isso acontece, um anticorpo especifico é acionado e, caso ocorra a ingestão de determinado medicamento outras vezes, o organismo terá uma manifestação clínica, o que significa dizer que poderão acontecer reações alérgicas na pele ou ainda, consequências mais graves como a anafilaxia.

As reações anafiláticas são consideradas situações de emergência e tem a tendência de se agravar rapidamente e, portanto, colocam a vida do paciente em risco e a ajuda médica deve ser imediata. Pacientes com anafilaxia apresentam sintomas como pulso baixo, convulsões, incontinência urinária, perda de consciência, súbito ataque cerebral e choque anafilático, que pode ser fatal, caso não seja tratado rapidamente.

Sintomas da alergia

Entre os principais sintomas das reações alérgicas estão a coceira, urticária, erupção e vermelhidão na pele, formigamento, irritação nos olhos, inchaço na boca e língua e, a depender da gravidade do caso, fechamento da glote, que é a válvula por onde passa o ar antes de chegar na traqueia.

Há ainda pessoas que relatam desconforto respiratório, falta de ar, diarreia, vômito e cólicas intestinais.

Os efeitos da alergia a medicamento podem causar problemas também para os rins, pulmões, fígado e corrente sanguínea.

Prevenção

A principal recomendação para a prevenção de crises de alergias provocadas pelo uso de algum medicamento é o uso correto da medicação sempre orientado pelo médico ou farmacêutico.

Porém, é muito comum que a pessoa não saiba que tem alergia a algum tipo de medicamento e descubra tal fato somente quando da utilização de determinado remédio. Portanto, caso ocorra algum tipo de reação ao ingerir medicamento pela primeira vez, é imprescindível que a pessoa procure um médico especialista para avaliação e realização de exames tópicos.

Além disso, o paciente deve informar a família sobre a alergia identificada para que, no caso dele ficar impossibilitado de repassar a informação, tenha familiares cientes da informação para repassar para os profissionais de saúde num atendimento hospitalar, por exemplo.

Vale ressaltar que, a partir do momento que a pessoa desenvolver alergia a um medicamento, será alérgico por toda a vida e, por isso deve evitar essa medicação.

Além disso, pessoas que apresentam esse tipo de alergia e, também asma, rinite e dermatite atópica são mais suscetíveis a sofrer reações alérgicas a outros tipos de remédio.

Outro grupo que pode ser mais vulnerável a alergia a algum medicamento é formado por pessoas com intolerância a algum tipo de alimento. Isso porque medicamentos também são compostos por substâncias conservantes provenientes de alimentos que podem gerar uma reação alérgica.

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