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Palavras ríspidas e ameaças físicas frequentes, humilhações, manipulação e proibições são exemplos da violência doméstica que muitas mulheres são vítimas e causa danos psicológicos que podem levar a vítima a ficar sem possibilidade de reação.
Algumas atitudes do companheiro, inicialmente, podem parecer apenas demonstrações de insegurança, mas quando passam a ser assuntos frequentes e se transformam em cenas de subjugação e limitações, a mulher passa a enfrentar a violência doméstica mais evidente.
Frases como “você não vai sair com essa roupa” ou “eu não acho que deva sair com aquela sua amiga” mostram que o sentimento de posse do companheiro sobre a mulher começa a se manifestar com restrições físicas e de socialização.
A mulher cede e aceita as restrições porque quer manter a relação, tem medo e vergonha de procurar ajuda, sofre com a sensação de fracasso pela dependência econômica ou por preocupação com a situação dos filhos.
Psicologicamente, esses sentimentos minam a autoestima feminina e podem causar uma dependência psicológica do companheiro, como se tivesse realmente que fazer tudo o que ele exige.
Etapas da violência
A violência psicológica é caracterizada por três fases e a primeira delas está relacionada a tensão da pessoa agressora. Normalmente, se irrita por qualquer coisa, mesmo questões insignificantes podem provocar acessos de raiva.
A vítima se sente humilhada e ameaçada pelo agressor que quebra objetos e diz frases do tipo “eu sou o dono desta casa e você tem que fazer o que eu mando”, o que deixa a mulher se sentindo inferiorizada, arrasada, sem valor.
No processo dessa espiral da violência, a etapa seguinte é definida como a consumação de um ato violento. Toda a tensão acumulada pelas ameaças e frases da primeira fase eclodem e se transformam em ações verbais, físicas e psicológicas mais contundentes.
Como resultado, a mulher passa a sofrer de insônia por medo de ser agredida novamente, pode perder peso, ter fadiga, crises de ansiedade e sentimentos como medo, ódio, solidão, vergonha, confusão e dor passam a fazer parte da rotina diária.
Nessa fase é possível que a vítima mantenha um certo distanciamento da pessoa agressora e pode buscar ajuda, denunciar ou esconder-se na casa de alguém. Há casos que, por completo desespero e baixa autoestima, a vítima chega ao suicídio.
Por fim, caso a vítima retome a relação, irá viver, por um tempo curto, o período de lua de mel. Nele, o agressor mostra-se aparentemente arrependido e carinhoso para promover a reconciliação, porém é comum ocorrer novamente agressões de toda ordem e a cada uma delas, a mulher sofre com os sentimentos negativos que abatem muito mais o estado psicológico da vítima.
Convivência forçada
Durante a pandemia, período em que casais tiveram que conviver mais em casa por conta do isolamento social, 8 de cada 10 mulheres sofreram abusos psicológicos, segundo levantamento realizado por órgãos oficiais.
Esse aumento revela, em primeiro lugar, que a convivência doméstica para alguns, foi o momento de enfrentar os problemas e evidenciar questões de relacionamento.
Mulheres, vítimas de violência doméstica, tiveram por companhia o agressor e o maior tempo de convivência transformou-se em mais agressão.
A masculinidade tóxica é algo que deve ser combatido pela sociedade. Mas, o que ocorre em grande parte das vezes é o julgamento social das mulheres, vítimas de violência doméstica, porque demoraram ou deixaram de tomar uma atitude.
As pessoas devem ter em mente que os prejuízos à saúde mental das vítimas de violência doméstica são intensos e, podem minar qualquer reação ou atitude que a mulher possa ter. A violência pode durar anos, no entanto, muitos casos, a mulher chega no limite e para sobrevivência dela e, por vezes, dos filhos vai em busca de ajuda.
Denúncias podem ser feitas pelo 180 e toda a sociedade pode denunciar ao testemunhar casos de violência contra mulheres.
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