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Numa sociedade que privilegia o corpo perfeito como meta de vida, há pessoas que se recusam a atender essa demanda, há outras que sofrem por não representar essas medidas, mas seguem a vida e, há um grupo que, por buscar essa ilusória perfeição, desenvolvem sérios transtornos alimentares.
Os transtornos alimentares mais comuns são anorexia, bulimia e transtorno de compulsão alimentar. O desenvolvimento desses distúrbios ocorre, principalmente na adolescência e em adultos jovens.
A maioria desses casos tem incidência nessas faixas etárias, segundo especialistas, porque nessas etapas da vida existe uma urgência em ser aceito socialmente, em fazer parte de determinados grupos e, sobretudo em aceitar a autoimagem.
A imagem no espelho para pessoas que se veem com olhos transformados por transtornos alimentares reflete imperfeições que levam a comportamentos perigosos que podem afetar efetivamente a capacidade do corpo em obter nutrição adequada.
Essa falta progressiva de absorção de nutrientes pelo organismo pode prejudicar o coração, o sistema digestivo, os ossos, os dentes, a boca, além de desenvolver outras doenças.
1. Anorexia
A pessoa diagnosticada com anorexia, também chamada de anorexia nervosa, tem riscos reais de morte. O distúrbio é caracterizado por peso corporal extremamente baixo estimulado pela condição mental de medo intenso de ganhar quilos, provocado por uma percepção complemente distorcida do próprio corpo.
Os pacientes diagnosticados com anorexia fazem esforços descontrolados para ter o peso e a forma que desejam e, como tem uma visão distorcida do próprio corpo acabam por tomar medidas extremas que interferem fortemente na saúde e nas atividades da vida.
A dieta de uma pessoa anorexa é estabelecida pelo limite excessivo do consumo de calorias, além de métodos como fazer exercícios físicos até quase a exaustão, usar laxantes ou suplementos dietéticos e provocar vômitos após as refeições.
2. Bulimia
Chamada também de bulimia nervosa, a bulimia é um transtorno alimentar potencialmente fatal. Esse distúrbio se caracteriza por episódios de compulsão alimentar seguido pela purgação, resultado da sensação de falta de controle sobre a alimentação
Boa parte das pessoas com bulimia costumam restringir a alimentação durante o dia, o que acaba por levar à compulsão alimentar e a purgação, ou seja, a utilização de purgantes para a eliminação de tudo o que foi consumido pela evacuação.
A pessoa bulímica come grandes quantidades de comida em um curto período de tempo e, por culpa, vergonha e um medo absurdo de ganhar peso faz uso de purgantes, força vômitos e outras ações que são altamente prejudiciais à saúde.
O fator psicológico pesa bastante em pessoas com transtornos alimentares. Tanto que, mesmo que esteja com o índice de massa corporal (IMC) normal, consegue se enxergar com peso elevado e busca, através, de atitudes prejudiciais à saúde, eliminar do corpo o que só a pessoa consegue ver.
3. Transtorno de compulsão alimentar
Diferentemente da anorexia e da bulimia, a pessoa com transtorno de compulsão alimentar não faz uso de exercícios excessivos ou purgação como é comum nas outras duas.
O compulsivo alimentar faz a ingestão periódica de muita comida. Pode comer rapidamente ou numa quantidade maior do que precisa para ficar satisfeito.
Depois desse acesso de compulsão alimentar, a pessoa fica enojada, envergonhada e culpada e, para evitar esses sentimentos, passa a comer sozinho para esconder o transtorno.
O transtorno de compulsão alimentar acontece de tempos em tempos. Normalmente, uma vez por semana e a pessoa pode ter peso normal, ter sobrepeso ou ser obeso.
Sintomas
A pessoa com algum transtorno alimentar começa apresentar sinais, sintomas e hábitos alimentares diferentes do que eram adotados normalmente.
Perda de peso brusca, idas ao banheiro logo após as refeições e falta de apetite são alguns sintomas importantes que indicam a necessidade de consultar um médico especialista que, nesses casos, é o psiquiatra.
O profissional irá fazer exames físicos, além de testes em laboratório e avaliação psicológica.
Com o devido tratamento, o paciente pode retornar a hábitos alimentares saudáveis e, por vezes, reverter outras complicações causadas pelo transtorno alimentar. Essa recuperação vai depender do estágio em que o transtorno alimentar foi diagnosticado e quais efeitos desenvolveu no organismo.
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