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Sabe- se que o mundo gira em torno do sol, mas para quem tem crise de labirintite esse giro pode ficar bem mais rápido. Pelo menos é assim que muitas pessoas descrevem essa condição.
Em linhas gerais, a labirintite é um distúrbio do ouvido interno que causa inflamação do local que acaba por afetar os nervos que dessa região que chegam ao cérebro.
O distúrbio chama-se labirintite porque a inflamação atinge especificamente o labirinto, que é uma estrutura óssea bem pequena localizada no canal do ouvido.
O labirinto é composto pela cóclea, responsável pela audição e pelo vestíbulo e canais semicirculares, que coordenam o equilíbrio e, por isso a instalação de um quadro de labirintite pode comprometer funções importantes como a manutenção do equilíbrio, a percepção da localização do corpo dentro de um determinado espaço e a facilitação da audição.
Geralmente, a labirintite se manifesta em pessoas dos 40 aos 50 anos por conta de alterações metabólicas e vestibulares. Além disso, mudanças nos níveis de colesterol, triglicérides e ácido úrico podem reduzir a quantidade de sangue nas artérias que irrigam o cérebro e o labirinto.
Sintomas da labirintite
O principal sintoma da labirintite são as tonturas e vertigens. Na tontura, a pessoa em crise tem a sensação de desequilíbrio, instabilidade, de pisar no vazio e de queda. Já na vertigem rotatória clássica, o ambiente gira ao redor do corpo ou a pessoa sente que o corpo roda em relação ao ambiente.
A fase aguda da labirintite pode durar minutos, horas ou dias, a depender do paciente e da intensidade da crise. Além da tontura e vertigem, o distúrbio pode ter sintomas como náusea, vômito, dor de cabeça constante, zumbido no ouvido, visão turva, alterações gastrointestinais, suor frio, perda ou diminuição da audição, alterações na fala, palpitações, movimento involuntário dos olhos e queda de cabelo.
Há também alguns fatores de risco que contribuem para o surgimento de sintomas da labirintite como hipoglicemia, diabetes, hipertensão, otite, uso de álcool, fumo, café e certos medicamentos.
Causas da labirintite
Não há uma causa definida para gerar crises de labirintite, mas existe uma série de fatores e condições médicas capazes de desencadear os efeitos do distúrbio.
Alguns desses fatores são problemas respiratórios, como bronquite; infecções virais, como gripes ou resfriados; herpes; infecções bacterianas, como otite; enxaqueca; obstruções causadas pelo excesso de cera no conduto auditivo externo.
Há também as pessoas que desenvolvem a chamada labirintite emocional, que apresentam os sintomas decorrentes de períodos de depressão, fortes níveis de ansiedade ou de síndrome do pânico.
Por fim, existem casos de pessoas que têm algum tipo de perda auditiva, que fumam e bebem em excesso, estão sob intenso estresse, consomem aspirina frequentemente ou mantêm um histórico de alergias.
Diagnóstico e tratamento
Os especialistas indicados para diagnosticarem o quadro de labirintite são o médico neurologista ou o otorrinolaringologista que deverão fazer uma avaliação clínica, a partir do relato dos sintomas bem como pode solicitar alguns exames para descartar outros diagnósticos possíveis.
Com o diagnóstico confirmado, o tratamento é feito com medicamentos, fisioterapia e alimentação adequada. Especialistas afirmam que em muitos casos é possível ter a cura para a labirintite.
Vale ressaltar que é recomendado por especialistas que pessoas em crise de labirintite devem evitar frequentar locais lotados, evitar mudanças de posição repentinas e luzes fortes pelo menos até que os sintomas sejam amenizados.
A labirintite pode causar uma série de complicações ao paciente se não for devidamente tratada. Uma dessas complicações é tontura e vertigem crônicas, somada a redução da capacidade auditiva e zumbidos constantes no ouvido.
Então, além de tratar é possível prevenir a labirintite, evitando alimentos como açúcares, farinha branca, embutidos, bebidas alcoólicas, cafeína e alimentos muito salgados.
Importante: pessoas em crise de labirintite não devem dirigir tampouco sob efeitos de medicamentos do tratamento do distúrbio.
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