Cesáreas são as recordistas no Brasil por medo do parto normal

O Brasil é um dos países que mais faz partos cesáreas no mundo. A taxa ideal de cesarianas estabelecida pela Organização Mundial de Saúde – OMS é entre 10 e 15% dos partos. Atualmente, o índice brasileiro é de cerca de 55% de partos cesáreas por ano. Contudo é importante entender quais são as diferenças entre partos cesáreas e normais e para quais mulheres são indicados.

Uma das principais diferenças entre os partos é a forma. Dar à luz através do parto normal, o bebê nasce passando pelo canal vaginal. Já na cesariana é realizado uma cirurgia em hospital pelo médico obstetra em que a feito um corte na região abdominal para promover a saída do bebê do útero.

Segundo especialistas, o parto normal tem uma recuperação mais rápida e também reduz o risco de infecções da mãe e diminui a probabilidade do recém-nascido apresentar problemas respiratórios, enquanto que a cesárea é uma opção melhor nos casos em que há perigo de complicações para a mãe e para o bebê, por conta de doenças como diabetes gestacional ou em situações emergenciais como ruptura uterina.

A escolha do tipo de parto deve seguir a orientação de um médico obstetra, mas sobretudo o desejo da mulher e as condições efetivas da saúde da mãe e do bebê durante a gestação e nos momentos que antecedem o parto.

Escolha entre os partos

Como foi dito, no Brasil o número de partos cesáreas são muito superiores do que o ideal definido pela OMS e se, for somado os partos cesáreas realizados na rede privada também o índice chega a 88%.

Dito isso, a possibilidade de escolha das mulheres sobre qual forma vai adotar para o nascimento do bebê está diretamente ligada, segundo especialistas, ao medo em relação ao parto normal, principalmente no que diz respeito aos casos envolvendo violência obstétrica.

Isso porque, há algumas medidas médicas tomadas durante o parto que não tem o consentimento da mulher tampouco o entendimento dela sobre possíveis manobras.

No entanto, é preciso ressaltar que, por conta de denúncia e vigilância feminina e técnicas de humanização do parto, existe uma redução de registros dessas situações consideradas de violência obstétrica.

Parto humanizado

Por definição, o parto humanizado consiste em assistir a mulher grávida em todas as etapas da gestação. Diz respeito a medidas que vão desde situações de abortamento até puerpério, em que o foco em todos esses acontecimentos está em promover uma experiência mais segura e acolhedora para mãe.

O processo do parto humanizado não está ligado ao parto normal. Tanto que cesarianas também são humanizados. A diferença está na forma do procedimento, em que a metodologia respeita às vontades e características da gestante.

Nascimento com hora marcada

Um dos inconvenientes do parto normal é o fato do nascimento não ter hora nem dia para acontecer e, isso é uma das justificativas utilizadas tanto por mulheres e familiares quanto pela equipe médica responsável pelo parto.

Mas, além das diferenças já citadas, existem outras que também devem contar na hora de decisão, no caso de mães que não tem complicações iminentes por conta do parto.

Uma das questões que diferencia os partos é com relação, por exemplo, as dores. O parto normal causa dor durante o nascimento, mas após ela fica mais controlada. O parto cesárea tem um trabalho de parto mais curto e sem dor, porém a recuperação é mais lenta por ser uma cirurgia.

Outro ponto a ser analisado é quanto ao leite materno em mulheres que escolhem o parto normal, o alimento vem de forma mais rápida. Já em mulheres que fazem cesárea, o leite materno demora mais para nascer, cerca de 72 horas após o nascimento.

Vale ressaltar que existem muitas outras diferenças entre o parto normal e a cesárea, mas a grande maioria delas devem ser conversadas com obstetra que além de ter mais conhecimento, conhece o histórico da paciente.

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