Diagnóstico precoce em crianças com retinoblastoma tem 90% de chance de cura
Há algum tempo, o diagnóstico de câncer deixou de ser algo sem alternativas eficazes de tratamento. Mas, sempre que se tem esse resultado nas mãos, o efeito pode ser intimidador. E quando e o diagnóstico diz respeito a uma criança pode tornar-se ainda mais desestruturante. É o caso do retinoblastoma, um tipo de tumor ocular infantil.
Esse tumor é mais frequente em crianças de 2 a 5 anos de idade, porém é possível acometer bebês com menos de 1 ano. O importante é salientar que, com acompanhamento e tratamento adequados, o retinoblastoma tem 90% de chance de cura.
O retinoblastoma foi o primeiro câncer da história a ser definido como uma doença genética. É um tumor maligno que se desenvolve na retina da criança e provoca um reflexo branco no olho, conhecido como “olho de gato”, cujo nome correto é leucocoria.
O reflexo aparece porque a massa tumoral causa o descolamento da retina e, por isso é facilmente visualizado na pupila, o que é um importante sintoma, porém só aparece quando a doença está em um estágio mais avançado e associada a outros sinais como dores de cabeça e vômito; dores nos olhos; proptose, quando o globo ocular é maior do que o normal e salta para fora do olho; e perda da visão total ou parcial.
Diagnóstico do retinoblastoma
Assim como qualquer tipo de câncer, o diagnóstico precoce é bastante benéfico para o tratamento. Então, pais e responsáveis devem ficar atentos quando a criança apresentar fotofobia ou alta sensibilidade à luz, estrabismo, heterocronia ou um olho de cada cor, sangramento em alguma parte do olho e vermelhidão.
O retinoblastoma pode ser classificado em dois principais tipos: o esporádico e o hereditário.
O esporádico se desenvolve em um olho só e é resultado, como outros tipos de câncer, da mutação de uma célula que começa se multiplicar sem controle. Esse tipo de tumor é mais comum em crianças com mais de 1 ano de vida e é chamado de retinoblastoma unilateral.
Já no hereditário, o tumor surge por conta de uma mutação transmitida geneticamente, o que pode fazer com que o câncer apareça tanto em um olho quanto em ambos e, assim passa a ser chamado retinoblastoma bilateral.
Tratamento
A definição do diagnóstico só é feita por um oftalmologista que, para tanto, fará um exame de fundo de olho, além de solicitar ultrassonografia do globo ocular, tomografia e ressonância magnética das órbitas oculares.
A recomendação é que, ao verificar qualquer sinal diferente nos olhos da criança, os pais ou responsáveis procurem uma médico oftalmologista para confirmar ou descartar o diagnóstico.
Nos casos de confirmação do retinoblastoma, o tratamento busca eliminar o tumor e salvar a vida da criança, com a possível preservação do olho e o máximo da visão, quando for possível.
Os tratamentos que costumam ser recomendados pelos especialistas de acordo com o estágio da doença são a laserterapia, a crioterapia, termoterapia transpupilar, quimioterapia, radioterapia e a cirurgia e retirada do globo ocular.
A laserterapia é utilizada em casos em que o tumor está no estágio inicial, atinge apenas a retina e não outras partes do globo ocular. Já a crioterapia é pouco invasiva e consiste no uso de substâncias para congelar e destruir o tumor.
A técnica de termoterapia transpupilar usa a radiação infravermelha para eliminar o tecido cancerígeno. A quimioterapia é uma alternativa para reduzir o tamanho do retinoblastoma e controlar a multiplicação dessas células assim como a radioterapia.
Nos casos mais avançados, o tratamento indicado é a cirurgia e retirada do globo ocular, no entanto, antes desse recurso outras formas de tratamento são testadas e o procedimento apenas ocorre quando não há respostas positivas para outras alternativas.
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