Diagnóstico precoce pode ajudar crianças com Transtorno de Espectro do Autismo

Diferenças no comportamento de crianças são comuns, mas o que pode não ser algo típico da infância é dificuldade de interação social ou na fala, por exemplo. Por isso, alguns desses sinais podem tornar visível casos de Transtorno de Espectro do Autismo – TEA.

Esse transtorno afeta o neurodesenvolvimento e causa prejuízos na comunicação verbal e não-verbal, na convivência social, além de exacerbar comportamentos repetitivos e restritos.

Quando ocorre o diagnóstico de TEA, a família, principalmente, pode sentir a necessidade de encontrar uma causa. No entanto, ainda não foram descobertas todas as origens prováveis para o transtorno.

Sabe-se, porém, que existem diversos fatores que tornam uma criança mais suscetível a desenvolver essa condição, entre eles os ambientais, biológicos e genéticos.

Entretanto, os especialistas trabalham mais com a hipótese genética, pois certas condições de genes e cromossomos em determinados indivíduos apresentam mais chance de desenvolver o transtorno. Portanto, se uma criança portadora do TEA tiver irmãos, eles terão maior possibilidade de também receber esse diagnóstico.

Como identificar o TEA

Uma criança com interesses e atividades restritas, com déficits de comunicação e interação social pode significar um caso de TEA. Os sinais podem ser percebidos logo nos primeiros meses de vida, mas somente aos 2 ou 3 anos de idade o diagnóstico pode ser definido.

A prevalência do Transtorno de Espectro Autista é do sexo masculino. Meninos possuem 4,5 vezes mais chances de ter o diagnóstico do transtorno autista do que as meninas na mesma idade. No entanto, as meninas podem demonstrar formas diferentes de TEA e, por isso não serem diagnosticadas de maneira precisa e precoce.

Algumas ações da criança feitas repetitivas vezes como balançar o corpo para frente e para trás, bater os pés no chão ou em objetos próximos, girar em volta do próprio corpo, cruzar e descruzar as pernas entre outras, podem ser sinais do transtorno.

Outros sintomas são atraso na fala, baixo contato visual, poucas expressões faciais, preferência em brincar sozinho, reações de angustia com mudanças na rotina, falta de interesse por outras pessoas e hipersensibilidade ao toque, ao abraço.

Portanto, as crianças com TEA têm formas diferentes de aprender, prestar atenção ou reagir aos acontecimentos. Tanto que as habilidades de aprendizado e pensamento podem ir de casos de superdotados até aqueles com extrema dificuldade na aprendizagem.

Tratamentos

Com o diagnóstico de TEA, a criança terá que ser acolhida por profissionais da saúde e por todos a sua volta de forma a definir como minimizar os prejuízos comportamentais e de aprendizagem a que estará sujeito.

Uma das questões a ser trabalhada, segundo especialistas, é entender qual é o gatilho quando a criança realiza movimentos repetitivos ou estereotipias, pois ela está somente agindo em respostas aos estímulos internos para deixar de interagir com o meio.

Para mudar essas estereotipias, o tratamento do TEA busca modificar essas estereotipias, a partir de diversas estratégias definidas por uma equipe multidisciplinar que envolve psicólogos, fonoterapeutas, além de um médico especialista para especificações com relação a medicamentos para transtorno de ansiedade e hiperatividade.

Os métodos indicados em conjunto por uma equipe multidisciplinar auxiliam a criança com o transtorno a formar novas relações com o espaço e, principalmente com as pessoas que a cercam. No entanto, essas intervenções são realizadas por fases e sem pressa para que o paciente se sinta confortável e se adapte as mudanças, gradativamente.

É fundamental para quadros de TEA que os atrasos sejam identificados e diagnosticados para serem encaminhados para as intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível para que, ao longo prazo, surjam os melhores resultados decorrentes, inclusive da neuroplasticidade cerebral devido à infância.

Farmácia Rosário. A gente sabe cuidar de você.